O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lançaram no dia 10 de Junho a campanha Sinal vermelho, com o objetivo de ajudar mulheres em situação de violência a pedirem ajuda nas farmácias do Brasil.
O procedimento é simples: A mulher deve desenhar um X vermelho na palma de sua mão e mostrar ao atendente da farmácia, em seguida ele chamará a policia militar. Caso a vitima sinta necessidade de deixar o local, ele anotará o seu endereço e nome completo. Segundo Renata Gil, Presidente da AMB, as farmácias foram escolhidas por serem locais conhecidos, neutros e amistosos. A lista de estabelecimentos que fazem parte da campanha, pode ser encontrada no site amb.com.br/sinalvermelho.
A campanha vem ganhando força nas redes sociais e nomes como os das atrizes Juliana Alves, Ana Furtado e Monique Alfradique usaram sua influencia para falar sobre o assunto e dar visibilidade a ação. Somente no instagram, são mais de cinco mil publicações sobre o tema com a hashtag #sinalvermelho. O perfil oficial @campanhasinalvermelho conta com mais de sete mil seguidores.
Isolamento e violência
A maior parte dos casos de violência contra a mulher acontece dentro de casa, e em meio à pandemia, muitas mulheres precisam estar em isolamento com os seus agressores em potencial. Segundo a promotora de justiça Patricia Hablouk, em entrevista ao site Estado de Minas, o momento de tensão social, as incertezas econômicas, a sobrecarga de trabalho e responsabilidades impostas às mulheres podem ensejar comportamentos controladores e violentos por parte dos homens. Um relatório produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Publica revela que o índice de feminicídio aumentou cerca de 22,2% em 12 estados brasileiros durante o isolamento.
As denuncias podem ser feitas pelos números 180 e 190.
