Em assembleia virtual realizada no último sábado (1), professores de escolas particulares do município do Rio de Janeiro decidiram que não vão retomar as aulas presenciais. A prefeitura liberou o retorno para iniciar hoje, de forma voluntária, do 4.º ao 9.º ano.
A reunião do SinproRio (Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região) contou com a participação de mais de 500 profissionais, que votaram pela “manutenção da greve pela vida”.
A proposta é retomar as aulas presenciais apenas com a garantia das autoridades da área de saúde. “Não nos negamos a trabalhar, e estamos trabalhando muito no teletrabalho, mas estamos em greve pela vida”, afirmou o presidente do Sinpro-Rio, Oswaldo Teles, na abertura da assembleia virtual.
Ele ainda ressaltou que “em nenhum lugar do mundo, ocorreu retorno às aulas presenciais com o número de contágios e mortes beirando as 100 mil que o Brasil vem sofrendo”, segundo comunicado do sindicato.
Aulas seguirão de forma virtual
O Presidente do Sinpro-Rio afirmou que o grupo seguirá trabalhando com aulas virtuais e que é contra o retorno no atual estágio da pandemia.
Impactos da pandemia
O Brasil já tem mais de 120 dias com escolas fechadas. Especialistas alertam que o afastamento traz perdas como a falta de socialização dos estudantes, mas isso não pode se sobrepor a medidas para evitar mortes por Covid.
Uma pesquisa do Datafolha realizada em 21 de julho, a pedido da Fundação Lemman, aponta mudanças que ocorreram nas famílias, motivadas em grande parte pela ansiedade.
- 64% dos pais ou responsáveis afirmam que os filhos estão ansiosos
- 45% que estão mais irritados e 37% que estão tristes nesse período
- quase 90% diz ter medo de ser contaminado pelo coronavírus na volta às aulas
Ensino remoto gera desapontamentos
Realmente o ensino remoto vem causando muitos desapontamentos. Professores estão trabalhando mais e alunos ficam mais cansados com o ensino a distância. Por outro lado, há escolas que estão usando a criatividade por meio da internet para transformar o ensino o online. E por mais desafiador que seja, não se sabe por quanto tempo ele permanecerá.
Fonte: Noticias.r7, G1, SinproRio