Economia

Ministério da Economia propõe acabar com todas as meias-entradas

1 Mins leitura

Segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine) a participação do ingresso na categoria inteira nas receitas das redes cai há três anos. A prova disso é no ano passado, quase 80% de todos os ingressos de cinema vendidos no Brasil tiveram preço de meia-entrada.

Impactos da meia-entrada no mercado exibidor

A análise desses dados levou o órgão regulador a abrir uma consulta pública sobre a obrigatoriedade legal da meia-entrada e seus impactos no mercado exibidor. A discussão está aberta para contribuições até 13 de agosto, mas o Ministério da Economia já se manifestou e defendeu a extinção de todas as regras que garantem o benefício.

Leis que garantem a meia-entrada

Há três leis federais sobre o assunto, que garantem o benefício a estudantes, jovens de baixa renda, pessoas com deficiência e adultos com mais de 60 anos. A estimativa da Ancine é que 96,6 milhões de brasileiros se enquadrem nos termos da legislação federal – quase metade da população medida pelo IBGE, de 211 milhões de habitantes.

Há também leis editadas por Estados e municípios, que ampliam o alcance da meia-entrada. Na cidade do Rio de Janeiro e no Estado de São Paulo, professores da rede estadual e municipal pagam menos. Dependendo do Estado e do município, há ainda benefícios para servidores públicos, doadores de sangue, portadores de câncer, doadores de medula, além de sindicatos de categorias profissionais.

Marcos Lisboa diz que meia-entrada é uma distorção

Para o ex-secretário de Política Econômica e presidente do Insper, Marcos Lisboa, a meia-entrada nos cinemas é uma distorção que se repete em diversos setores, como no crédito, que é subsidiado para alguns setores, e no transporte público, que é gratuito para alguns grupos. Na avaliação dele, em todos os casos, se o Estado quer beneficiar algum grupo, deve pagar pelo subsídio com recursos do orçamento. Segundo Lisboa, porém, há outras formas melhores de utilizar os recursos públicos do que custear entradas de cinema.

Facilidades no acesso à cultura seria um gasto desnecessário?

Fonte: Infomoney

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *