De um modo geral, em função pandemia, tudo aumentou, inclusive o preço das coisas no supermercado. Mas se tem algo que assustou os brasileiros nos últimos dias foi o preço do arroz. Isso porque o pacote de 5 kg comprado por R$ 10 a R$ 15, disparou. Em algumas regiões, o valor cobrado pelos supermercados chegou a R$ 40 no início deste mês.
O grande vilão é o dólar
De acordo com Mauro Rochlin, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o grande vilão é o dólar, pois a valorização da moeda americana afeta diretamente as commodities, que são os produtos vendidos internacionalmente. O economista lembra que, nos últimos seis meses, o dólar subiu cerca de 40%. Isso significa que exportar o grão passou a render mais. E esse aumento acaba sendo repassado para o mercado interno.
Quando o preço vai cair?
O economista afirma que uma queda significativa do preço dependeria de uma valorização do real perante o dólar. Isso torna difícil prever quando o arroz ficará mais barato. “É difícil prever o que vai acontecer com o dólar. Se houver uma estabilização ou queda, o preço das commodities cai. Mas se o dólar continuar aumentando, vai subir. Não há como prever.”
Preços tendem a cair no começo de 2021
Os técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) acreditam que, independentemente do dólar, os preços tendem a cair no começo do ano que vem. Eles lembram também que, historicamente, o preço do arroz costuma ser mais alto no segundo semestre do ano, por se tratar de período de entressafra. Há, portanto, uma tendência de queda a médio prazo. Além disso, com os bons resultados que quem plantou arroz está obtendo, a tendência é que a produção aumente, fazendo com que a safra 2020/2021 seja maior, jogando o preço para baixo. Vamos torcer!
Governo toma medidas
Diante desse cenário, o governo federal decidiu tomar algumas medidas para que o consumidor encontre arroz mais barato no mercado ainda este ano. A pedido do presidente Jair Bolsonaro, o Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) definiu que 400 mil toneladas do grão poderão ser importadas sem imposto até o fim do ano, o que deve reduzir o valor com que o alimento chega às prateleiras.
Dicas de economia
Independente de preço alto ou baixo, o ideal é manter o planejamento em casa. De que forma? Anotar o que realmente precisa ser comprado antes de ir ao supermercado e não cozinhar em grande quantidade para depois não jogar fora porque a comida ficou de vários dias. Parece besteira, mas a economia está em pequenas atitudes que precisamos praticar no dia a dia. Vamos evitar o desperdício!
Fonte: Correio Braziliense