Diferentemente dos adultos, as crianças podem não conseguir expressar verbalmente uma dor emocional em alguma fase da vida. É preciso ficar atento, pois há sinais que indicam a necessidade de uma ajuda psicológica e esse passo não poder ser evitado, por “ignorância” ou “cegueira” dos pais. Quem ama, precisa ter consciência se determinada atitude da criança precisa ser avaliada por um profissional. A psicoterapia infantil tem o objetivo de detectar e trabalhar estas questões – mesmo que elas sejam inconscientes para a criança. A situação que estamos vivendo atualmente de isolamento social, também pode interferir no comportamento da criança.

Vejamos 8 sinais apontados pelo Blog Nossos Psicólogos

1. Quando um problema emocional vira físico

Seu filho não se alimenta direito, faz xixi na cama constantemente (após os 5 ou 6 anos), tem problemas intestinais sem origem física, tem dificuldade para dormir.

2. Timidez excessiva

Seu filho tem dificuldade para fazer amigos e precisa fazer um grande esforço para se relacionar. Fora os pais, até mesmo os familiares são desafios para ele. Se relaciona muito pouco com colegas da mesma idade ou até mesmo com vizinhos.

3. Distúrbios alimentares

Seu filho come compulsivamente, a maioria das vezes sem fome, fora de hora e repetidas vezes. Fica bravo quando advertido que este não é um hábito saudável. O mesmo ocorre quando seu filho se recusa a se alimentar, quando não come quase nada, quando provoca vômito ou quando tem uma visão distorcida de sua imagem, achando que sempre está acima do peso.

4. Agressividade, Rispidez e Intolerância

Devemos ter muita atenção com crianças que não lidam bem com o “não” e que geram situações de grande desconforto quando não são prontamente atendidas. Nem sempre este é um sinal de distúrbio psicológico; pode ser apenas falta de educação e limites.

Mas, quando as reações aos “nãos” são muito agressivas, chegando até mesmo a agressões físicas, quando as palavras do filho são ríspidas com frequência ou quando ele se mostra demasiadamente intolerante, tem-se aí um sinal que pode indicar distúrbios como o TOD (Transtorno Opositivo Desafiador).

5. Dificuldade de aprendizagem

Nem todas as crianças aprendem na mesma velocidade, mas existem alguns indícios de que seu filho tem dificuldades de aprendizagem (dislexia, por exemplo), que pode inclusive gerar desinteresse dele pelo aprendizado de uma forma geral.

Fique atento se perceber que ele tem muita dificuldade com as atividades que exigem raciocínios lógicos, ou no tempo que ele dispende para assimilar determinado conteúdo.

6. Agitação e falta de concentração

Quando a criança é muito agitada, faz-se necessário um diagnóstico cuidadoso, que pode apontar, por exemplo, TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), que envolve agitação física ou mental, impulsividade e até esquecimentos.

Por outro lado, o diagnóstico pode não apontar quando distúrbio deste tipo, e indicar que a criança pode estar querendo chamar a sua atenção ou estar disperso por tristeza, angústia e medos não relacionados à hiperatividade.

7. Manias ou Fobias

Se a criança apresenta manias, tiques ou fobias, rói unha, pisca muito os olhos, se tem contrações involuntárias rápidas e repetitivas de um grupo de músculos, come roupas e objetos, arranca fios de cabelo, provoca pequenos machucados, entre outros, pode ser necessária a avaliação de um profissional de psicologia.

8. Mudanças súbitas de humor 

Alterações de humor em crianças podem ser simples consequência da falta de sono, por exemplo, mas podem também ser o indício de que alguma coisa não vai bem.

Se seu filho está constantemente irritado, pessimista, bravo, uma avaliação profissional poderá apontar se o quadro é de  insatisfação e infelicidade, ou se a criança pode ser, por exemplo, portadora de Distimia, um distúrbio do humor para o qual existe tratamento.

O importante é observar o comportamento da criança e não deixar pra depois. Muitos problemas se agravam por conta de uma busca psicológica demorada. A própria escola, na maioria das vezes, é a primeira a perceber que a criança precisa ser acompanhada. Cabe a família ter consciência e levar a criança para uma avaliação. Quem ama não pode ter medo de cuidar jamais!

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