Segundo o último levantamento do DIESEE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos), o custo da cesta básica aumentou em 13 cidades brasileiras. As maiores altas foram registradas em Campo Grande (3,48%), Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%). Entre as 17 capitais analisadas, somente 4, Aracaju, Curitiba, Fortaleza, João Pessoa, apresentaram queda em relação ao mês anterior. Em comparação com agosto de 2020, o custo subiu em todas as capitais que fazem parte da pesquisa.
Porto Alegre (RS) lidera o ranking desde julho. Atualmente, o custo médio da cesta básica na cidade é de R$664,67. Logo atrás, respectivamente, Florianópolis (SC), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Na capital carioca, o valor subiu para R$634,18. De acordo com informações do DIESEE, antes da pandemia, a cesta básica custava, em média, R$505,55. Em tempo de trabalho, houve um aumento de mais de 20 horas.
Café em pó, leite integral (2,01%) e o quilo da batata (36,36%) estão entre os alimentos que mais sofreram alta na cidade maravilhosa. O preço do feijão-preto recuou 2,31%.
Fome cresce no país
O levantamento mais recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) indica que a fome atinge 19,1 milhões de pessoas, ou seja, 9% da população brasileira. O estudo também concluiu que, com a pandemia de COVID-19, 116,8 milhões de pessoas estão em algum grau de insegurança alimentar, leve, moderado ou grave. Segundo a Rede Pessan, insegurança alimentar é quando o indivíduo não tem acesso pleno à alimentação. Mais da metade da população brasileira sofre com a falta de comida na mesa.
Em comparação com a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), relativa à 2017-2018, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimava que 10,3 milhões de famílias moravam em domicílios com insegurança alimentar grave. Desse período até 2020, a quantidade de cidadãos passando fome no país cresceu em 8,8 milhões.
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