Estar atento aos sinais e preveni-los são fatores que contribuem para a preservação da saúde mental.

Talvez você não saiba, ou já tenha ouvido falar de maneira superficial sobre o Centro de Valorização da Vida (CVV). O que a maior parte da população e até mesmo profissionais da saúde desconhece é de que forma funciona o trabalho realizado e como são elaboradas as atividades de atendimento.

Serviço gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio

O Centro de Valorização da Vida é um serviço humanitário, filantrópico e gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio. A instituição existe há 59 anos, oferecendo apoio emocional, valorizando a vida e contando com o trabalho dos voluntários, que se dispõem a ajudar pessoas que se encontram em instabilidade emocional. O serviço é prestado sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.

Equipe treinada

A voluntária do CVV, Maria da Graça Araújo, enfatiza que apesar do trabalho ser realizado por voluntários, o serviço prestado não se trata de conselhos pessoais. “Existe um treinamento e todos aqueles que se propõem a ser um voluntário, precisam estar conscientes de que é necessário dispor tempo de qualidade, para ouvir a quem precisa.”

Voluntários prontos para ouvir

O anonimato também é um fator determinante, apesar de ser um serviço voluntário, ninguém está apto a julgar absolutamente nada do que ouve. Diferente do que se pensa, nem todas as ligações recebidas pelo CVV são de cunho problemático. Todo tipo de ligação é bem-vinda e os voluntários estão prontos para ouvir.

Dessa forma, assim como o trabalho, os serviços também são oferecidos gratuitamente, ou seja, qualquer pessoa pode entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida e sem que haja algum custo por isso. É simples, basta discar para o número fornecido pelo Portal Disque 188, ouvir a chamada gravada de boas-vindas e aguardar alguns instantes até ser atendido.

Oficina de Contos de Amor e de Terror

Em conversa com a Terapeuta Ocupacional, Dra Adriana Leckar Granja, a profissional da saúde esclareceu alguns pontos fundamentais em relação a pacientes que possam apresentar sinais de depressão ou comportamento suicida. “Antes de qualquer diagnóstico, é necessário a identificação de fatores individualizados de cada paciente.” A terapeuta ocupacional apresentou métodos que utiliza em seu trabalho para o reconhecimento destes sinais e de que forma eles são aplicados.

Uma das técnicas utilizadas por Adriana Leckar Granja é a chamada Oficina de Contos de Amor e de Terror. Com essa oficina, a profissional trabalha assuntos que ainda são velados no contexto diário do paciente. A médica explica que as emoções podem ser expressas por meio de desenhos. “É um recurso utilizado para que o indivíduo possa expressar suas emoções, através de desenhos, o que em palavras ainda não consegue contar.”

Após a identificação da gravidade e urgência, inicia-se então, um projeto terapêutico singular com abordagens de uma equipe multidisciplinar que tem a possibilidade de inserir velocidade no tratamento, o que faz toda diferença. 

Família como co-terapeuta

É essencial que o contexto familiar também seja inserido no tratamento do paciente para que se estabeleça uma relação de proximidade e reafirmação da importância do indivíduo no meio daqueles que convivem com ele. Dessa forma, a família exerce um papel de co-terapeutas.

Outro aspecto relevante é abordar temáticas como o suicídio, de maneira preventiva. Estar atento aos sinais, por menor que sejam, pode salvar uma vida, pois toda e qualquer iminência de suicídio precisa ser observada.

No contexto pandêmico de isolamento social, situações financeiras, falta de oportunidades no país, conflitos familiares e diversas outras frustrações fazem com que cada pessoa viva suas experiências de forma diferente. E é normal não saber lidar com determinadas situações, por isso, a busca por ajuda se faz necessária!

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