Mulheres empreendedoras da favela tornam-se realidade e símbolo de empoderamento
O Brasil tem 13,6 milhões de pessoas morando em favelas e seus moradores movimentam R$ 119,8 bilhões por ano. As favelas movimentam um volume de renda maior que 20 das 27 unidades da federação. Os dados são da pesquisa “Economia das Favelas – Renda e Consumo nas Favelas Brasileiras”, desenvolvida pelos institutos Data Favela e Locomotiva e encomendada pela Comunidade Door.
Hoje o Brasil tem cerca de 6 milhões de mulheres vivendo em favelas, majoritariamente concentradas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Em sua maioria elas são negras, casadas e mães, somam um montante de renda anual de R$ 24 bilhões e chefiam 40% dos lares. Entre as que contam com trabalho remunerado, 44% têm emprego formal.
ONG que empodera mulheres a empreender
Baseado nesses dados, vemos um público feminino que já movimenta uma renda, só lhes falta a ferramenta da independência para empreender. É o que Cintia Santana, por meio da sua ONG Entre o Céu e a Favela, oferece para diversas mulheres em seus cursos de empreendedorismo feminino: Uma oportunidade de crescimento, e por consequência, de empoderamento.
“Eu nunca me senti realizada trabalhando de CLT, sempre senti que merecia mais. Eu tenho uma loja de cabeceira modulada, hoje é só no on-line eu participei no primeiro semestre de 2021 e no início eu tive um pouco de receio, mas depois, eu acreditei que sou capaz. Acho que mulheres empoderadas empoderam outras mulheres.” É o que conta Maria Clara, da @cabeceirassmaria, que foi aluna e hoje é mediadora de aulas.
Esta é exatamente a proposta do instituto: Apoiar mulheres para que cresçam e possam formar e fortalecer outras que, assim como ela, acreditem nos seus sonhos e corram atrás para realizá-los.
A idealizadora da ONG, Cintia Santana, destaca que é preciso saber transformar as dificuldades em oportunidades. “Para mim, pessoalmente falando, todo favelado é empreendedor, por que precisa ser criativo e saber se virar para sobreviver ao caos, uns menos outros mais, mas sempre empreendedor.”
De acordo com último levantamento publicado no dia 9 de novembro, a ONG transformou a vida de muitas donas de casa. E precisa de apoio e parcerias para continuar levando esperança, transformação, dignidade e oportunidades para que mulheres da favela sejam protagonistas de suas histórias através do empreendedorismo.
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Em 19 de novembro comemora-se o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, uma data importante para celebrar e apoiar a entrada de mulheres no mundo dos negócios.