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75 anos da libertação de Auschwitz: Uma reflexão sobre a crueldade humana

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Até que ponto o ser humano pode testar o limite da crueldade e desafiar o seu instinto? Afinal, segundo a ciência, somos evoluídos.

Há exatos 75 anos a humanidade assistia o fim de um dos piores momentos da história, onde milhares de prisioneiros foram libertos do campo de concentração e extermínio nazista, durante a segunda guerra mundial. Acabava ali o terror que matou mais de 1 milhão de pessoas em Auschwitz, na Polônia, durante o regime alemão, que ficou registrado como o holocausto.

O mundo, que já sofria com a sangrenta segunda grande guerra, assistia, de joelhos, a perda de ao menos 55 milhões de seres humanos, sendo a maior parte, na União Soviética, com pelo menos 26 milhões de vidas ceifadas pela guerra. É quase o número de habitantes do estado de São Paulo inteiro, nos dias atuais.

Assim que os nazistas chegaram ao poder, houve uma política de extrema perseguição aos judeus, com a ideia de erradicar a população judaica na Europa. Com o avanço da invasão alemã à Polônia, Auschwitz transformou-se em uma prisão. Em 1941, começou então um sistema cruel de extermínio desses presos. Como a prisão não suportava mais o número de pessoas, os nazistas resolveram mata-las. Os sobreviventes eram registrados como números e obrigados a trabalhar até a morte, caso contrário, eram levadas direto para a câmara de gás. Estima-se que mais de 6 milhões de pessoas perderam suas vidas.

Os trabalhadores viviam em situação deplorável, magros, sem comida, torturados e de extrema exaustão. Somente em 1945, as tropas soviéticas entraram nesses campos de extermínio, encontrando poucos sobreviventes, a beira da morte, cerca de 7 mil prisioneiros esqueléticos, sendo 500 crianças.

A libertação dessas pessoas pôs fim a um sistema que perseguia, prendia e matava civis, em sua maioria judeus, mas também ciganos, gays, entre outros.

Os sobreviventes do regime nazista voltaram nessa segunda feira (27) ao local onde viveram os piores momentos de suas vidas, o campo de extermínio de Auschwitz, trajando gorros e lenços azul e branco, que simboliza os uniformes usados pelos prisioneiros no campo. Em tom de tristeza, eles entraram pela porta de ferro, onde tinha a frase “Arbeit macht frei” (“O trabalho liberta”).

O dia 27 de janeiro é marcado por um ponto na história que questiona a soberania da espécie humana no mundo. Afinal, o que levaria um ser a exterminar seu próprio semelhante, ignorando a inocência de uma criança, ou a fadiga de um idoso? Até que ponto o ser humano pode testar o limite da crueldade e desafiar o seu instinto? Afinal, segundo a ciência, somos evoluídos.

Recentemente, o então ministro da cultura do Brasil, Roberto Alvim, copiou frases de um discurso nazista, citando um trecho da fala do ministro de propagandas da Alemanha nazista, Joseph Goebbels, principal responsável pela propagação do regime de Hitler. O fato levou a sua demissão imediata.

Nesta segunda feira (27), o Papa Francisco comentou sobre o Dia da Memória e a celebração dos 75 anos da libertação dos prisioneiros de Auschwitz.

“Diante desta imensa tragédia, a essa atrocidade, não é admissível a indiferença e é legítima a memória. Amanhã estamos todos convidados a fazer um momento de oração e recolhimento, dizendo em nossos corações: nunca mais, nunca mais!” – Papa Francisco

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