Política

Após atos de 7 de setembro, Presidente da República faz Declaração à Nação

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Na tarde de quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) divulgou uma nota na qual diz que às vezes fala “no calor do momento” e que nunca teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”. A nota foi publicada no site do Palácio do Planalto logo após encontro com o ex-presidente Michel Temer (MDB). Confira a Declaração do Presidente:

Relembre os atos de 7 de Setembro, com protestos a favor e contra o governo Bolsonaro

O feriado de 7 de setembro foi marcado por manifestações contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ao menos 70 atos pró-Bolsonaro foram convocados por movimentos bolsonaristas, em cidade como Brasília e São Paulo. O próprio chefe do Executivo esteve pessoalmente em manifstação a favor de seu governo em Brasília na manhã de terça-feira (7). Bolsonaro criticou nominalmente o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e dirigiu críticas também à corte e ao sistema eleitoral.

Manifestante pede a “CPI da toga” nos atos a favor de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro — Foto: Pilar Oliveira/Reuters

Manifestantes protestaram na Avenida Paulista, na região central de São Paulo, a favor do presidente. Com pautas antidemocráticas, os apoiadores se mostraram contra os ministros do STF e o Congresso. Eles também pediram intervenção militar. Vestidos com camisetas do Brasil, e portando materiais alusivos ao presidente e às cores da bandeira do país, a maioria dos manifestantes participou do ato sem respeitar uso obrigatório de máscara, determinado pelo governo do estado desde 2020 por conta da pandemia de corona vírus. Outras cidades do estado como Bauru, Botucatu, Marília, São José do Rio Preto também registraram atos a favor do governo.

Assista ao vídeo e veja como foram os atos a favor do presidente Jair Bolsonaro pelo país

Atos contra o Governo

Manifestantes e membros do ato “Grito dos Excluídos”, que acontece anualmente no feriado da Independência de 7 de Setembro, se reuniram no Anhangabaú, no Centro da capital paulista, para protestar contra o governo Bolsonaro. O ato conta com a participação de centrais sindicais, partidos de esquerda como o PT e o PSOL, e movimentos populares.

Foto: Taba Benedicto/Estadão Conteúdo

Atos contrários ao governo federal e com cartazes escritos “genocida”, em referência à condução da pandemia de coronavírus por Bolsonaro, também ocorreram em Campinas e Bauru. No Rio de Janeiro, manifestantes e grupos de centrais sindicais, movimentos feministas e partidos políticos se reuniram pedindo por vacinas contra a Covid-19, por melhores salários e empregos. Em Macaé, manifestantes pediram o impeachment de Bolsonaro, mais comida para a população, empregos, respeito a democracia e vacina para todos.

Assista ao vídeo e veja como foram os atos contra o presidente Jair Bolsonaro pelo país

Vídeo: Poder360

Políticos contrários e a favor do presidente se manifestaram pelas redes sociais sobre os protestos e a participação do chefe do Executivo

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos maiores antagonistas de Bolsonaro pela sua atuação na CPI (comissão parlamentar de inquérito) da Covid no Senado, publicou em seu perfil no Twitter que o presidente “recorre a bravatas golpistas contra as instituições“. O tweet foi acompanhado de um vídeo de Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte (1987-1988), dizendo que “traidor da Constituição é traidor da pátria“.

O ex-presidente da Câmara e secretário de Projetos e Ações Estratégicas do Governo de São Paulo, Rodrigo Maia (DEM) disse que está na hora do comando do Congresso “enquadrar o Bolsonaro”.

Ex-ministro chefe da Casa Civil no governo Lula (PT), José Dirceu analisou o discurso de Bolsonaro, e disse que o presidente expressa medo de enfrentar Lula nas eleições de 2022.

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Sergio Moro fez uma declaração mais genéria em relação aos atos de 7 de Setembro. Afirmou que “a defesa da liberdade deve reforçar a verdade e a democracia, não diminuí-las”…

Políticos e integrantes do governo publicaram apoios aos atos e ao presidente. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) comparou fotos das manifestações de direita e de esquerda em Brasília e escreveu: “Tire suas conclusões“.

O senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ) disse que quem insiste com a narrativa “cretina” de atos antidemocráticos vive em outra dimensão. “Se recusam a perceber a insatisfação da população ante atos antidemocráticos de um único Ministro do STF“.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, escreveu uma mensagem genérica sobre a data, e disse que o país é uma “democracia plena“.

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