Sabe aquelas fotografias impactantes sobre a guerra, que têm o poder de fazer o mundo inteiro refletir sobre a razão dos combates? Então, é necessário muito mais que técnica e estudo para que esses momentos sejam registrados pelas lentes de um fotógrafo. Antes de tudo, é preciso muita coragem e amor pela profissão, afinal, em muitos casos, as imagens são geradas em momentos de combates e extremo perigo e tensão.
Um dos fotógrafos de guerra mais famosos do mundo deixou sua história marcada por não abandonar sua câmera nem no momento de sua morte, e pasmem, em meio a um conflito.
Seu nome é Robert Capa, fotojornalista, nascido em Budapeste, na Hungria e que começou sua carreira em 1931. Como profissional, cobriu diversos combates, como a Guerra Civil espanhola, o conflito sino-japonês, a guerra civil chinesa, guerras do mundo árabe e a II guerra mundial.
Robert ainda esteve presente no sangrento Dia D., em 1944, na Normandia, saltando na praia de Omaha, com os soldados, sob a forte artilharia alemã, onde pode relatar, com sua câmera, o massacre daquele dia, resultando em quatro rolos de filme de 35 milímetros e uma sequência de fotos publicadas pela revista Life.
Com tantos conflitos no currículo, Capa ainda juntou-se a personagens lendários da fotografia, como: Henri Cartier-Bresson, George Rodger e David Seymour, formando a cooperativa Magnum, responsável por guardar os direitos autorais dos fotógrafos. A agência é, até hoje, a mais importante do gênero.
Robert Capa morreu em 1954, na guerra da Indochina, quando pisou em uma mina terrestre. Em meio aos escombros, seu corpo foi encontrado despedaçado, com um detalhe que lhe faria entrar para a história: A câmera seguia firme em uma de suas mãos.
Entre suas armas mais poderosas, ele usava uma Leica 35mm, uma Contax IIa, além da Nikon S, e lentes de curto alcance, o que lhe obrigava a estar próximo do objeto fotografado. Entre suas frases mais famosas, Robert dizia que: “Se suas fotos não estão boas o suficiente, é por que você não está perto o suficiente”.
Fontes: Emania, El País, Magnum Photos e Jornal A tarde