Após uma semana conturbada na cúpula do governo, a manhã deste sábado (2), aparentemente não oferece um alívio nas tensões.
O dia de hoje foi reservado ao ex-ministro Sérgio Moro para prestar esclarecimentos no STF sobre as acusações feitas por ele ao presidente da república Jair Bolsonaro. No último dia 24 de abril, em uma coletiva de imprensa convocada pelo próprio ex-ministro, Moro afirmou que Bolsonaro estaria tentando intervir de maneira ilegal nas atuações da PF. Durante uma entrevista à revista Veja, Sergio Moro atacou novamente Bolsonaro dizendo que não irá admitir ser chamado de mentiroso (fazendo uma referência a coletiva de imprensa convocada por Bolsonaro também no dia 24 de abril) e que todas as provas que confirmam a interferência do presidente na Polícia Federal serão apresentadas assim que for convocado para tal ato.
Na manhã deste sábado, Bolsonaro publicou em suas redes sociais, poucas horas antes do início do depoimento de Moro, um vídeo onde chama o ex-ministro de Judas. Além disso, Bolsonaro também afirmou que Moro teria intervindo para que não fosse apurada de forma correta o atentado contra o presidente, referindo-se ao caso Adélio Bispo. Bolsonaro, ao comentar sobre o atendado, contradiz os relatórios oficiais da Polícia. As últimas investigações publicadas apontam que Adélio Bispo teria agido sozinho, porém o presidente ainda afirma que o atentado possui mandantes.
