Curiosidades

O grito de “independência ou morte” não existiu

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Talvez você já tenha ouvido falar que: “No dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil às margens do rio Ipiranga com o grito ‘Independência ou Morte!’”. Ou, até mesmo, visto alguma das pinturas que retratam o episódio. Mas, alguns historiadores, após estudos profundos sobre o tema, chegaram à conclusão que: não foi exatamente assim. Vamos às 7 curiosidades sobre o fatídico 7 de setembro. 

O famoso quadro da Independência não é fiel a realidade

Você já deve ter visto o famoso quadro que retrata a Independência do Brasil em livros, internet ou outros veículos. A obra “O Grito” foi feita pelo artista italiano Pedro Américo, em 1888, ou seja, 66 anos depois do ocorrido. 

Obra “O Grito” de Pedro Américo (1888) | Foto: Reprodução

Historiadores afirmam que alguns elementos na obra não estavam presentes no momento em que o fato ocorreu, como os cavalos, as roupas elegantes (impossíveis de serem usadas no clima tropical brasileiro) e a própria guarda imperial, que não havia sido criada naquela época. A Imperial Guarda de Honra e o Batalhão do Imperador foi criada em outubro de 1822.

Muito provavelmente, Dom Pedro I estava montado em uma mula

Como citamos, a presença de cavalos retratada na obra de Pedro Américo não é uma verdade absoluta. É muito provável que o príncipe regente Dom Pedro I estava montado em uma mula no dia da Independência, não em um cavalo. O motivo? A viagem da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, com destino a São Paulo, local da proclamação, era longa e os cavalos não estavam preparados para carregar tanto peso durante a longa distância.

O grito de “independência ou morte” não existiu

Não, Dom Pedro I não teria gritado “independência ou morte” às margens do Rio Ipiranga. Na verdade, a frase que ele teria dito é mais próxima de:

“Nada mais quero com o governo português e proclamo o Brasil, para sempre, separado de Portugal”.

Dom Pedro I estava com problemas intestinais

Muitas emoções para Dom Pedro I no dia 7 de setembro. Durante 12 dias de viagem com sua comitiva, o príncipe regente passou por problemas intestinais. O historiador Otávio Tarquino de Sousa descreve: “Aludindo à disenteria que afetara o príncipe, era forçado a apear-se da montaria a todo momento”.

O protagonismo de Maria Leopoldina

Esposa de Dom Pedro I, a austríaca Maria Leopoldina teve grande papel durante o processo de Independência. Além de ter enviado uma carta ao marido durante a viagem a São Paulo, avisando que Portugal tinha a intenção de recolonizar o Brasil, foi ela quem decretou formalmente a Independência do Brasil.

Retrato de Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo | Foto: Reprodução.

A Independência não foi “barata”

Sim, a Independência do Brasil teve um preço. E um preço muito caro. Após a proclamação, Portugal cobrou cerca de 2 milhões de libras esterlinas para aceitá-la. O valor foi tão alto para os cofres brasileiros na época que Dom Pedro I teve que fazer um tratado com a Inglaterra para conseguir o valor. Portugal foi reconhecer a nossa independência apenas três anos depois, em 1825.

O momento não teve grande público

Um dos fatos que também foram mais liberdade artística do que fatos reais na obra de Pedro Américo foi o grande público retratado. Na verdade, havia cerca de 8 pessoas no local do grito de independência, com mais 15 pessoas da comitiva de Dom Pedro I.

Saiba mais em https://novabrasilfm.com.br/notas-musicais/curiosidades/7-de-setembro-7-curiosidades-sobre-a-data/

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