Você já parou para pensar quem costurou a sua roupa? E mais do que isso: quem realmente lucrou com ela?
A indústria da moda movimenta bilhões todos os anos. Grandes marcas desfilam suas coleções em passarelas luxuosas, vendem peças a preços exorbitantes e faturam cifras astronômicas. Mas e quem coloca a mão na linha e na agulha? A costureira que passou horas – às vezes dias – moldando, cortando e costurando essa peça, viu esse dinheiro?
A resposta é dura: não.

No final da cadeia produtiva, a costureira recebe quase nada. Quando consegue um emprego em uma fábrica, seu salário muitas vezes não passa de um salário mínimo. E quando decide trabalhar por conta própria, acaba entrando em um sistema ainda mais cruel: o da terceirização sem fim.
Acontece assim: uma empresa contrata um intermediário para distribuir a costura, que por sua vez repassa para outro intermediário, e depois para outro… Quando finalmente chega às mãos da costureira, ela recebe menos de cinco reais por peça. Para conseguir um salário no fim do mês, ela precisa costurar sem parar, dia e noite, abrindo mão do sono e da própria saúde.
Isso não é normal. Isso não é justo.
Escravidão na costura ainda é realidade

Se você acha que essa realidade ficou no passado, aqui está um dado chocante: em 2024, 43 trabalhadores bolivianos foram resgatados em São Paulo de condições análogas à escravidão. Oficinas clandestinas na Zona Leste e Norte da cidade operavam com pessoas presas a jornadas exaustivas, sem direitos, sem salário digno e sem perspectiva de mudança.
E esse não é um caso isolado. A costura ainda carrega um histórico de exploração, e isso só vai mudar quando as próprias costureiras entenderem o valor que têm.
O Verdadeiro Problema: A desvalorização da costureira
A desvalorização da costura tem dois grandes culpados:
1. A falta de conhecimento do público
Quem compra roupa pronta não pensa na costureira. Paga R$ 500, R$ 1.000, até mais em um vestido de marca sem questionar. Mas quando uma costureira cobra R$ 300 por um vestido sob medida, exclusivo, feito artesanalmente, o preço é considerado um absurdo.
O que falta? Consciência sobre o valor da mão de obra.
2. A falta de valorização da própria costureira
Muitas costureiras aceitam preços baixos porque acham que não têm escolha. Elas não foram ensinadas a se posicionar, a cobrar pelo seu real valor, a entender que seu trabalho é uma arte e um serviço essencial.
E eu sei disso porque eu vivi essa realidade.
Da exploração à valorização: Minha história na costura
Eu costuro desde os 7 anos de idade. Venho de uma família simples e, aos 15 anos, já estava trabalhando em fábrica. Passei a minha vida inteira costurando. E quando decidi abrir meu próprio ateliê, achando que finalmente ia ganhar melhor, me deparei com a dura realidade: as pessoas não queriam pagar pelo meu trabalho.
Eu cobrava um preço justo, mas o cliente achava caro. Ele preferia pagar mais em uma loja do que valorizar o trabalho artesanal, exclusivo e feito sob medida. Por quê?Porque a costura foi colocada em um lugar de desvalorização.
Mas isso mudou quando eu entendi que precisava me posicionar.
Eu aprendi a mostrar para as pessoas o verdadeiro valor do meu trabalho. Eu saí do ciclo de exploração e transformei a costura em um negócio rentável e respeitado.

E é isso que todas as costureiras precisam aprender.
Costureira, Você Não é Apenas Costureira. Você é Empresária.
Se você tem um ateliê, se trabalha por conta própria, você é uma empresária. Mas para ganhar dinheiro de verdade com a costura, você precisa de estratégia, posicionamento e confiança.
Você não precisa aceitar migalhas. Você pode viver bem da costura.

A costura é uma arte, um legado, uma profissão que precisa ser respeitada.
Se você é costureira ou conhece alguém que seja e quer aprender a se valorizar, a cobrar o que realmente vale e a conquistar clientes que pagam um preço justo, eu posso ajudar.
Sou Michelle Gavinha, mentora de costureiras e criadora do método Nova Era da Costura.
Me acompanhe no Instagram @michelle.gavinha e vamos juntos mudar essa realidade.

Parabéns Michele, excelente trabalho!
O mercado agradece, pois muitas profissionais precisam ter mentoras e ainda mais nessa área da costura.
Oiê boa noite….
Tudo bem….
Acabei de ler seu artigo….
Está corretíssima….
Eu hoje sou empresária, sou do ramo da costura mas só nicho de roupas religiosa de matriz africana……
E eu senti na pele o que descreveu no artigo,pois sempre trabalhei por conta mas fazia roupas sob medida para uma marca famosa e era uma dos pilares pois confeccionava as peças piloto…..
Mas a desvalorização me fez sair da empresa e tomar a iniciativa de abrir meu próprio negócio no nicho que já amava…..
E hoje eu trabalho com o que amo, tenho um valor rentável,pois vivo da costura….
Tenho 2 lojas online mas também quando preciso vendo presencial……
Nunca tinha pensado nisso. Realmente compramos e nem sabemos quem fabricou e quando foi pago a essa pessoa. Abordou um assunto muito interessante mesmo!
Olha Michele
Que bom te ver crescendo a cada dia mostrando o seu potencial e amor aí que faz
Conte conosco sempre
Coloque seus projetos na segurança do nosso Pai Celestial
Nossa não sabia de tudo isso. As pessoas olham muito marcas mesmo, mas não dão, o devido valor pra quem realmente poē a mão na massa. Parabéns pra Michele Gavinha que se posicionou e mostrou que é uma empresária de valor e está ensinando também as alunas como também se tornarem grandes empresárias.
Maravilhosa!!! A matéria ficou incrível, parabéns.
Verdade conheço costureira na minha rua, que as pessoas vão e acha caro.
Triste realidade que nós costureiras vivemos até os dias de hoje, quanto preconceito também sofremos com a nossa profissão, já sofri muitos preconceito e desprezo por me apresentar como costureira , mais não desisti da minha profissão, amo o que faço e tenho muito orgulho de mim ! Hj sou formada em Design de moda , sou modelista e continuo a dizer que sou costureira….





Tem uma história incrível, é uma mentora maravilhosa com muito repertório, e não poderia ter ninguém melhor do que a Michele para ajudar as costureiras a se valorizarem cada vez mais! Parabéns pela matéria, ficou incrível!

Olá Michelle, estou lendo com atenção, e é a mas pura verdade tudo que você está falando, a as pessoas paga caro mas muito caro mesmo em uma peça de roupa, mas quando manda fazer não querem pagar o preço justo que uma costureira pede, mas eu nunca vi em nenhum matéria ninguém defendendo estas costureiras, mas vace chegou, para para fazer isso, porque parece que não é do interesse de ninguém defender, estás costureiras, continua não pare, pois sei que a vida de muitas costureiras irá mudar, através desse trabalho maravilhoso que você está fazendo parabéns, que Deus te abençoe cada dia mas e te guarde, jornada maravilhosaa obrigada por defender a classe trabalhadora das costureiras




Matéria super incrível, estão de parabéns.