A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNT) contra o juiz federal Marcelo Bretas, conhecido como o “Sérgio Moro Carioca”. Magistrado responsável pela Lava Jato fluminense, Bretas é acusado pela instituição de participar de “atos de caráter político, partidário e de superexposição e de autopromoção”.
A petição foi direcionada ao corregedor do CNJ, Humberto Martins, assinada pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.
A medida tomada por Santa Cruz é referente a participação de Bretas em um evento evangélico ao lado do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e do presidente Jair Bolsonaro. No encontro religioso, Bretas aparece cantando hino religioso junto com as autoridades presentes, sob a cantoria do missionário R.R. Soares.
De acordo com a revista Veja, Marcelo Bretas chegou ao local em carro presidencial, junto com ministros e deputados, cuja atitude é considerada atípica para um integrante jurídico.
Atuação contestada
Não é de hoje que setores da sociedade debatem o comportamento de Marcelo Bretas. Evangélico, flamenguista e apoiador explícito do então candidato Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, o magistrado é amigo pessoal do ex-juiz Wilson Witzel (PSC), hoje, governador do Rio de Janeiro.
Em diversas ocasiões, Bretas acompanhou jogos do Flamengo no Maracanã ao lado do governador, e sua rotina nas redes sociais mostra um juiz apreciador de musculação, além de explanar posições de caráter político.