Hoje celebramos o Dia Mundial da Língua Portuguesa, data que foi instituída pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e, em 2019, ratificada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O objetivo é destacar a importância do quinto idioma mais falado no mundo e o mais falado no hemisfério Sul, com 280 milhões de falantes.
Será que no Brasil há tanto para comemorar?
Talvez não! De a acordo com o Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf), a cada 10 brasileiros, três são analfabetos funcionais, ou seja, apresentam dificuldade de entender ou de se expressar por meio de letras no cotidiano. As conclusões do estudo à população total leva a crer que o problema atinge 38 milhões de pessoas.
A deficiência no idioma não é exclusiva de quem não teve acesso a escola
O último resultado divulgado do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), de 2017, mostra que, a cada 10 estudantes do 3º ano do ensino médio, sete têm nível insuficiente em português; sendo que apenas 1,64% dos alunos têm proficiência adequada na disciplina. Na prática, a maior parte dos adolescentes não é capaz de achar informações explícitas em textos, por exemplo.
O incentivo à leitura deve partir da família?
Para ajudar a combater esses dados negativos da Língua Portuguesa, as famílias precisam fazer sua parte, sempre que possível. Incentivar o hábito da leitura é uma importante iniciativa. Contar histórias para as crianças reforça o gosto pela leitura. E se ao invés de uma roupa nova, ou brinquedo novo, a família presentar a criança com livros (voltados para a faixa etária dela)? Tudo é uma questão de hábito.
E a escola, com certeza, deve focar em projetos que atraiam a criança para o mundo da leitura. Apresentar boas práticas e boas influências é plantar uma semente da transformação do indivíduo.
Fonte: Correio Braziliense