Economia

Se a gasolina está cara, por que não optar por um carro elétrico?

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Com a alta dos combustíveis no Brasil, faz muito sentido analisar que carros elétricos seriam uma boa opção para evitar esse gasto crescente. Mas por que não é tão popular no Brasil como em outros países?

Nesta matéria você irá saber o porquê dos carros elétricos não serem uma solução para o mercado automotivo brasileiro no momento, e como mudar esse cenário.   

Preços altos

O principal fator de empecilho é o preço final do carro elétrico, muitas vezes custando mais de 3x o valor de um a combustão. Entre 30% e 40% do preço está atrelado ao valor das baterias.

Além disso, um agravante extremamente importante para nós brasileiros, as baterias são totalmente importadas, pois não há produção nacional de baterias de íon-lítio que é utilizada na maioria dos carros elétricos, especialmente nos mais famosos como Tesla. 

Com a alta do dólar nos últimos anos, atrasou ainda mais a adesão do mercado para esse segmento e por esse ser o principal item do veículo, torna o produto final muito caro. 

Poluição 

Temos a visão de que os carros elétricos são uma arma contra a poluição global. De fato, eles não emitem os gases do efeito estufa ou emitem pouco no caso de carros híbridos. Mas o que não é muito discutido é o quão poluente são os componentes eletrônicos, em especial a bateria, no seu processo de produção.

Foi analisado em um estudo da Volvo que, na fabricação de um carro elétrico é emitido mais que a metade de CO2 em relação a um a combustão.

E te mais…no momento, a reciclagem das baterias é muito complicada. Isso ocorre em função  da existência de diferentes sistemas de baterias no mundo. Para poder reciclar as baterias do jeito certo, é necessário informações da montadora sobre o produto e quase todas em sua maioria não querem divulgar informações a respeito disso. E pra variar, o Brasil não é uma referência em reciclagem. Esse tipo de material é ainda mais nocivo ao meio ambiente do que os gases do efeito estufa. 

Infraestrutura energética brasileira

Além das questões discutidas anteriormente, o Brasil vem de longos anos com períodos de escassez de chuva e consequentemente as nossas hidrelétricas não operam em sua capacidade ideal. A matriz energética do país está sobrecarregada, necessitando muitas vezes de fontes poluentes como as termelétricas, que por sua vez geram mais poluição. 

O surgimento de um setor que demande ainda mais energia, pode acarretar na fragilização da infraestrutura energética do país, ocasionando não só mais poluição, quanto o aumento dos preços da conta de luz. 

Outro detalhe é a falta de adesão de postos de abastecimento para esses veículos no interior do país, o que reprime o mercado de carros elétricos para as grandes cidades.  

Moral da história…

Os veículos movidos por eletricidade geram nem uma ou quase nem uma poluição quando em movimento. Porém, para se popularizarem e serem ainda mais eficientes em sua proposta, especialmente no mercado brasileiro, serão necessárias mudanças severas e profundas, tanto a níveis de mercado quanto a níveis de infraestrutura. 

Sem investimento em fábricas nacionais de baterias, geração de eletricidade limpa e que acabe com a “famosa” bandeira vermelha da conta de luz,  em um sistema de coleta seletiva e reciclagem eficiente e uma “maneirada nos impostos”, o caminho para os carros elétricos e o sonho de um mundo mais limpo, pode ser um pouco conturbado para nós brasileiros. 

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