O dia 18 de maio é simbolizado por uma conquista que marca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no  território brasileiro. Criada há 20 anos, a data chama a atenção em 2020 para a perspectiva de crescimento dos casos de abuso e exploração infantil que ocorrem dentro de casa, durante as medidas de contenção à pandemia. É uma realidade repugnante, mas existe.

Triste realidade

A organização mundial Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) alerta que, em épocas de medidas de contenção contra surtos de doenças, crescem a as taxas de abuso e exploração de crianças, como trabalho infantil, pornografia infantil e exploração sexual. Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, do Governo Federal, na maioria dos casos denunciados em 2019, a violência foi praticada por pessoas da família ou próximas à família, pelo padrasto ou madrasta (39,46%), pelo pai (18,45%) ou pela avó da vítima (3,43%). Ainda de acordo com o levantamento, as vítimas têm, em sua maioria, de 4 a 11 anos (42,07%).

A família precisa ficar atenta aos sinais

Alguns sinais podem ser observados no comportamento da  criança ou adolescente, como ansiedade excessiva; pesadelos, conversas ou gritos durante o sono; dores ou inchaços na região genital e abdominal; comportamento muito agressivo ou muito isolado; dificuldades de concentração; comportamento tenso, em “estado de alerta”; tristeza, abatimento profundo ou choro sem causa aparente; comportamento sexualmente explícito; desconfiança com adultos, especialmente com os que lhe são próximos; autoflagelação, ou seja, machucar-se por vontade própria; ou fugas de casa.

Busque apoio e denuncie

É papel de toda a sociedade denunciar esses abusos. Seguem alguns canais: Direitos Humanos (nacional) – Disque 100,  Conselho Tutelar, Polícias Militar, Federal ou Rodoviária Federal, ou na delegacia mais próxima.

O que levou a criação da data?

Essa data foi escolhida porque em 18 de maio de 1972, na cidade de Vitória (ES), uma menina de 8 anos foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade.  O crime bárbaro está impune até hoje.

Fonte: SEIAS, A Crítica, Infonet

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