Conhecida também como “hormônio da felicidade”, a endorfina é uma substância produzida naturalmente pelas reações de nosso cérebro a uma série de estímulos. Para quem busca a sensação de bem estar, conforto, diminuição de dores articulares e musculares, disposição, melhor estado de humor e alegria, nada melhor do que produzir endorfina. Sabe como?  Praticando atividades físicas.

Na prática, como funciona?

A liberação desse hormônio depende das características da atividade física que estamos praticando. Entretanto, como se trata de um mecanismo provocado pela adaptação do corpo ao exercício, ela vai sendo liberada gradualmente desde o início da atividade. Algumas pesquisas afirmam que os efeitos da endorfina são sentidos até uma ou duas horas após a sua liberação. Outros estudos observaram aumento das dosagens desse hormônio até 72 horas após o exercício. A intensidade e a duração do exercício parecem ser responsáveis pela concentração de endorfina no sangue. Importante destacar que após exercícios de intensidade leve a moderada não foi verificado aumento da taxa de endorfina no sangue.

Um estudo comparativo entre um exercício aeróbio (com cargas crescentes de intensidade) e outro anaeróbio (com duração máxima de 1 minuto) encontrou concentrações plasmáticas aumentadas de endorfina de forma muito semelhante. No exercício aeróbio esse nível alto de endorfina foi encontrado após ter sido alcançado o limiar anaeróbio (maior intensidade). Não existe um tempo de exercício pré-determinado a partir do qual a endorfina começa a ser liberada mais intensamente. Estudos, já citados acima, demonstraram que tanto exercícios aeróbios quanto anaeróbios podem provocar um aumento de sua concentração.

Ação analgésica

Outros estudos apontam que a endorfina pode ter um efeito sobre áreas cerebrais responsáveis pela modulação da dor. Por essa razão, diversos recursos utilizados nos tratamentos e reabilitação de dores e lesões realizados pela fisioterapia, um exemplo a TENS (Eletroestimulação Estimulação Neural Transcultânea), se baseiam na liberação de endorfina para a promoção de analgesia (melhora da dor). Provavelmente parte da capacidade da acupuntura em aliviar a dor seja devida ao estímulo da liberação de endorfinas. Uma vez estimulados pelas agulhas nos terminais nervosos (“pontos”) é gerado um impulso para aumentar a liberação de neurotransmissores no complexo supressor de dor, ou seja, é produzido o efeito analgésico na região cerebral. Além disso, ocorre liberação de endorfina no local inflamado.  

É importante lembrar que antes de iniciar a prática esportiva, é essencial uma avaliação médica (feita pelo médico) e física (realizada por um profissional de educação física), para que a pessoa conheça o seu nível de condicionamento físico, e seus limiares aeróbios e anaeróbios, e assim possa implementar no seu dia a dia a realização de uma atividade física e trabalhar de forma correta e segura.

E aí, vamos produzir endorfina e viver com mais qualidade de vida?

Fonte: GE, por Neto Mendonça – FISIO R3

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