A bola volta a rolar, mas não será no Brasil, por ironia do destino, será na Alemanha.
Exatos sessenta e nove dias depois de ser paralisado em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Campeonato Alemão retoma suas atividades neste sábado (16), com a disputa de seis partidas, já sob risco de ser suspenso novamente. Novos casos de contágio de jogadores e integrantes de comissões técnicas e o risco de uma segunda onda de contaminação no país podem fazer com que o retorno da competição dure pouco.
Quais os cuidados adotados?
Para se tornar o primeiro país relevante da Europa a voltar com sua liga nacional, a Alemanha precisou submeter seu futebol a uma verdadeira operação de guerra nas últimas semanas. Todos os jogadores das duas primeiras divisões germânicas passaram por três seções diferentes de exames para o coronavírus. Dez deles testaram positivo para a doença e foram levados para um isolamento. Além disso, todos os atletas precisaram ficar confinados durante uma semana em quartos individuais de hotéis para que a primeira rodada da retomada da Bundesliga possa ser disputada. Com a competição em andamento, os jogadores continuarão passando por novos testes. E, de acordo com as regras do governo alemão, quem testar positivo precisará entrar em quarentena de 14 dias, junto com todas as pessoas com quem ele teve contato. Na prática, isso significa que bastam alguns novos casos de Covid-19 nos elencos dos clubes alemães para que a competição precise ser congelada novamente.
Vale refletir
A preocupação é que se apenas dois casos de um único time da segundona já provocaram um estrago considerável na tabela do retorno do Alemão, imaginem o que pode acontecer se mais atletas de um número maior de clubes pegarem o novo coronavírus.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de 4,1 milhões de pessoas de todos os continentes (com exceção da Antártida, que não é naturalmente habitada) já contraíram o novo coronavírus. O número de mortes já se aproxima de 300 mil.
Diante desse cenário, fica uma grande reflexão também para o Brasil: será que o país está realmente preparado para um retorno dessas atividades? O trabalho por aqui ainda se encontra num passo muito lento e alguns Clubes defendem a volta, enquanto outros só sinalizam o retorno caso as autoridades de saúde garantirem a segurança necessária para seus funcionários e atletas.
Fonte: UOL