Um ano após tragédia no Ninho do Urubu, impasses com famílias das vítimas continuam
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), responsável por investigar incêndios ocorridos no Estado, vai convocar o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim para prestar esclarecimentos sobre o incêndio do Ninho do Urubu, que matou 10 jovens da base do time. No último sábado (8), a tragédia completou um ano, e diversas homenagens foram feitas aos “meninos do Ninho” durante o jogo do Flamengo e Madureira, no Maracanã.
Na última sexta-feira (07), ocorreu uma audiência com familiares e advogados das vítimas com demais integrantes da Comissão na Alerj, que durou mais de seis horas.
Convidado para a audiência, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, não compareceu, e nem mandou nenhum representante.
De acordo com o deputado Alexandre Knoploch (PSL), presidente da Comissão, caso o presidente não compareça ou não envie algum representante, ele poderá ser conduzido de maneira coercitiva. Um novo encontro está marcado para a próxima sexta-feira (14).
Os familiares e advogados das vítimas reclamaram da falta de acolhimento por parte do Flamengo. O clube chegou a fechar acordos de indenização com somente três famílias.
Posição do Flamengo
De acordo com o advogado do clube, William Oliveira, o Flamengo realizou todos os procedimentos legais para que o Centro de Treinamento pudesse voltar a funcionar. A gestão de Landim, de acordo com ele, constituiu um diretor para cuidar do CT.
O ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, é o único dirigente do clube indiciado pela polícia, e afirmou, na reunião, que a sua gestão havia terminado em 2018, além de negar todas as acusações envolvendo o seu nome.